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Diâmetro: 2.284 km
Massa: 0.002 X Terra Densidade: Aproximadamente 2 (Água = 1)
Distância Mínima do Sol: 4,3 bilhões de km
Distância Máxima do Sol: 7,3 bilhões de km
Distância Mínima da Terra: 4,3 bilhões de km
Dia/Noite: 6 dias terrestres
Duração do Ano: 247,7 anos terrestres
Gravidade: 0.03 X Terra Temperatura: -380 F Satélites: 1
Plutão foi o último planeta do
Sistema Solar a ser descoberto. Sua existência foi cogitada
pela primeira vez em 1905 pelo astrônomo norte-americano Percival
Lowell, que se baseou em perturbações nos deslocamentos de
Urano para teorizar sobre a existência de um novo planeta.
Em 1915, em parceria com o astrônomo William Henry Pickering,
Lowell determinou a existência do planeta através de cálculos.
As pesquisas sobre a existência do novo planeta foram concluídas
no Observatório Lowell em 13 de março de 1930, quando o astrônomo
Clyde William Tombaugh observou o planeta pela primeira vez
através de comparações de chapas fotográficas, conforme o
previsto por Lowell, ainda que a massa de Plutão não fosse
grande o suficiente para explicar as perturbações no movimento
de Netuno. Isto gerou a possibilidade de existência de um
décimo planeta, porém nunca comprovada por Tombaugh. O planeta
foi nomeado como Plutão em referência ao deus de mesmo nome
na mitologia romana, correspondente a Hades na tradição da
mitologia grega, o deus que preside o mundo subterrâneo, para
onde as almas migravam após o fim da existência terrena.
Plutão é também o último planeta do Sistema
Solar, sendo o que mais se distancia do Sol. A maioria dos
registros visuais referentes ao planeta são estilizados, sendo
muito difícil sua observação até mesmo através dos maiores
observatórios terrestres. As melhores imagens do planeta até
hoje registradas foram obtidas através do telescópio espacial
norte-americano Hubble. Se comparado aos outros planetas,
assemelha-se mais a um asteróide ou satélite
do que propriamente a um planeta.
Supõe-se que a atmosfera do planeta seja formada por metano
e nitrogênio.
Em 1978, um satélite natural de
Plutão foi encontrado orbitando-o a uma distância de 17.000
km, sendo nomeado Caronte, em referência ao barqueiro mitológico
que guiava o transporte das almas pelo rio Aqueronte - divisor
do reino dos mortais e do reino das almas - em direção ao
mundo subterrâneo presidido por Hades. O diâmetro do satélite
equivale a aproximadamente 1.200 quilômetros.
Em janeiro de 2001, o jornal norte-americano The New York
Times publicou um artigo que tende a despertar uma dúvida:
Plutão deve figurar na categoria dos planetas? O ponto de
partida para a matéria teve origem com uma simples constatação:
no planetário do Rose Center for Earth and Space, uma
ala então recentemente inaugurada do American Museum
of Natural History, em Nova York, não há nenhuma referência
a Plutão como um planeta. Ali estão exibidas informações sobre
apenas oito planetas do Sistema Solar. No Planetário Hayden,
Plutão é descrito como um dos mais de 300 corpos gélidos situados
numa região conhecida como Cinturão de Kuiper.
Para alguns astrônomos e pesquisadores, a questão sobre Plutão
ser ou não um planeta não apresenta relevância científica.
Pesquisadora de astrofísica do Observatório Nacional, Rio
de Janeiro, a Dra. Daniela Lazzaro afirma que "
esta controvérsia
é puramente semântica e não tem nada a ver com conceitos ou
definições físicas. A única definição que temos hoje em dia
para planeta é de um objeto que não emite luz própria e que
orbita uma estrela (no caso, o Sol). Por esta definição também
seriam planetas os asteróides e os cometas, e somente não
é assim por questões de tradição". Daniela Lazzaro ainda informa
que, por estes motivos, a União Astronômica Inernacional,
organização com autoridade internacionalmente reconhecida
na designação e nomenclatura de corpos celestes, já decidira
anteriormente manter a categoria de planeta para Plutão. A
opinião da pesquisadora conclui que "
a questão não tem fundamentos
científicos convicentes para se chegar a mudar uma tradição".
Mediante notícias sobre a possível mudança na classificação
de Plutão, a própria União Astronômica Internacional (http://www.iau.org)
chegou a esclarecer em fevereiro de 1999, em artigo de divulgação
à imprensa, que nenhuma proposta para uma mudança de status
de Plutão como o nono planeta do sistema solar fora
feita por divisões, comissões ou grupos de trabalho vinculados
à organização.
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